segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Desabafos, reflexões...

Nunca tive vocação pra fazer o coitadinho, o sofredor.
Já fui o renegado, o humilhado, o expulso
Mas nunca fiquei muito atrás no que se refere em ser irônico, sarcástico
Já perdi (e perco) excelentes oportunidades de ficar calado, sempre deixo meu ego de leonino falar mais alto (bem mais alto, diga-se de passagem).
Minha razão já perdi inúmeras vezes, por conta do meu impulsivismo.
Terceirizei muitas vezes meus sonhos para pessoas das quais nunca tive a certeza de que eram capazes ou não de realiza-los e dispenso comentários em relação ao resultado de tudo.
Nunca fiz da bebida, nem de nenhum tipo de drogas meu refúgio. Graças a Deus sempre soube sofrer minhas mágoas e tristezas com boa música e sendo consolado pelo meu travesseiro.
Chorar demais para que? Alguns baldes de lágrimas são suficientes para desafogar meu coração e logo após ele já tava pronto pra outra.
Blindar o coração nem comento, acho decadente pessoas que não se permitem sorrir e chorar sempre que desejam, a emoção da vida fica exatamente aí, em vivenciar cada momento, segundo por segundo intensamente. Talvez nisso meu ascendente em escorpião domine, vai saber...
Acho engraçado sempre nós termos a solução exata e precisa para os problemas alheios e quase nunca a respostas de simples questionamentos nossos, como se ficássemos cegos ao ponto de não enxergar um palmo a nossa frente, e quando passa tudo pensamos: "Caramba, era isso!".
Queria que as feridas do coração pudessem ser sanadas tão rápido como as da pele, mas não rola, elas insistem em não cicatrizar e sangrar sempre. E quando sangra? Nossa, quanta dor! Me pergunto se dóem mais no momento em que são feitas as feridas ou se após, quando o sangue esfria e pára de jorrar pela ferida.
Algumas mesmo quando cicatrizam deixam suas cicatrizes, ficando exposto que alí algo já aconteceu, como um copo quebrado e colado.
Difícil entender e explicar as coisas vindas do coração. Não existe nenhuma ordem exata. Começo, meio e fim se confundem na história. Vivenciar traz um entendimento melhor que qualquer longa explicação...

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