sábado, 29 de janeiro de 2011

O amor e outras drogas...

Sobre o filme "O amor e outras Drogas", que assisti essa tarde podemos destacar várias coisas interessantes, na sua grande maioria discutidas anteriormente aqui no blog em postagens anteriores.
É um filme um tanto leve, excelente, com ares de comédia romântica. Aborda temas polêmicos como a inclusão social dos portadores do mal de parkinson na sociedade, uma doença degenerativa mais comum em pessoas de idade avançada. O filme traz um outro lado da história: o portador da doença na flor da idade, nos seus 26 anos. Anne Hathaway desempenha uma atuação maravilhosa, mostrando com clareza todas as dificuldades de uma pessoa "diferente" na sociedade. As dificuldades em se apaixonar, na baixa auto-estima acreditando sempre que outros percebem defeitos seus que são na realidade imperceptíveis por serem pequenos, e microscópicos quando comparados as suas qualidades. O filme todo envolve uma relação amorosa entre Jammie (interpretado por Jake Gyllenhaal, o mesmo do polêmico filme "O Segredo de BrockBack Mountain") e Maggie (interpretada por Anne Hathaway, a mesma de "O Diabo veste Prada"). Jammie um promotor de medicamentos farmacêuticos nas suas andanças pela vida comercial consegue se infiltrar num consultório médico onde conhece seu par romântico. A partir daí um romance caliente marca Maggie e Jammi, com muito sexo, cumplicidade e uma certa resistência de ambos em admitir: foram feitos um  para o outro! 
O ápice do filme é o forte apelo a inclusão social, na minha opinião não só dos portadores da deficiência, e sim de toda e qualquer coisa que fuja as normas e padrões da sociedade. Mostra a insegurança, o medo em se envolver e ser abandonado e ainda mais, a falta de consciência de suas qualidades e poder de atração, se achando muitas vezes impotente, menor e menos capaz que os demais. Limitações todos nós temos, cada um com seu cada qual. O amor não é dádiva apenas dos galãs e divas de cinema. Todos tem o direito de sentir e viver um grande amor. Tem o dever de reconhecer e se deixar envolver, e viver as emoções que só um grande amor nos faz viver. Amor que nos faz largar tudo pro alto, sair de madrugada de casa sem rumo pra aprontar com quem se ama, fazer sexo e dormir de conchinha... 
Grande maioria das pessoas de tão calejadas de suas anteriores relações tem dificuldade em se entregar a novas relações. E se deixa de viver o novo, estando preso ao velho, ao passado que não nos acrescenta em nada, muito pelo contrário, só sugam nossas energias e nos torna mal humorados, sempre amargos e candidatos a idosos frustrados por não ter vivido a vida como se quis.
Amor é mais que prosa, que versos. O amor pode ser evitado, mas é indispensável a vida. Tudo bem que nossa vida não pára quando estamos sozinhos, ela continua a andar e a fluir como um rio que nunca pára, mas tem um momento que é preciso se deixar desviar pela pedra encontrada no caminho e desviar o sentido, se permitindo viver o novo. Por mais que digam que o melhor amor e relacionamento é aquele que temos consigo mesmos acredito que sem um grande amor de tirar o fôlego a vida não vale a pena. E cá entre nós, ser humano que diga que não ama e não sente falta de um carinho ou um afago, só sendo doido de pedra.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Afinal o que quer o sexo frágil?




Uma minissérie, vários autores. Todos questionando-se sempre, na imensa maioria das vezes "o que querem as mulheres?". 



Mulher é bicho complicado, sangra sete dias por mês e não morre
É sexo frágil que se fez forte e venceu a luta de cada uma de suas décadas
Foi menina, moça, filha, é esposa, é mãe, será avó
Trocou as vassouras e fogões por carros, tratores, escritórios e salas de aula.
Gritou alto e mostrou sua voz e voto
Mostrou sua força sentimental e bruta, se mostrando mais forte e muito marmanjo rato de academia.
Diz não querendo dizer sim, e sim querendo dizer não.


Pra mim mulher é tudo isso, fora uma porrada de coisa que ainda não consegui compreender. O que pode desejar uma mulher no século XXI? O que pode desejar um homem no século XXI? São questionamentos e desejos que andam de mãos dadas hoje. Ambos querem ser independentes, mostrar ao mundo o seu valor. Gritar para que todos ouçam: "Hey, eu existo, quero ser conhecido!", ou melhor, eu quero ser RECONHECIDO. É querer seu espaço no mercado de trabalho, no coração da pessoa amada, concluir a faculdade, ser bem sucedido, juntar dinheiro, investir numa loucura e ver a mesma desabar e ter a doce sensação de que valeu a pena, pois fez o que tinha vontade. Os egos masculino e feminino ao contrário do que muitos pensam são iguais. Eles alimentam e buscam basicamente as mesmas coisas, o gênero deixa de existir, o ser humano aflora e ganha espaço. Os medos são os mesmos... "Se eu cair, será que consigo me levantar?";"Será que ele (a) pensa em mim?";"Devo dar o braço a torcer a assumir que sou apaixonado por ele (a)?".
O gênero cada dia mais perde espaço, a igualdade completa e concreta ganha cada dia mais potência na voz e grita cada vez mais alto. E para mim hoje já não se cabe mais a pergunta "o que querem as mulheres", por que não "o que desejam os homens".

Tem mulher que quer só amor, e homem que só quer sexo. Assim como também existem mulheres que só querem sexo, enquanto homens que querem amor.

Homem é bicho tão astuto e complicado quanto a mulher, sendo que mais marrento e duro na queda. E não sabe o que quer, muita das vezes. Precisa sempre de alguém pra dar uma opinião aqui, ali. Orientar como proceder em determinada situação, mostrando também ser indeciso pra caramba...

É igual, é humano, imperfeito, indeciso, só não sofre de TPM (graças a Deus), mas sofre, e em alguns casos chora quando seu time de futebol favorito perde o campeonato. E se a TPM das mulheres é mensal, o sofrimento masculino é semanal, a cada partida, passe de bola e apito do juiz. 

Somos iguais, hipocrisia é achar o contrário e dizer que existe sexo frágil e forte. Homens e mulheres, ambos são sexo frágil e forte, depende do momento, circunstância. 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Divã.

Assistindo ao filme Divã, baseado no livro da Martha Medeiros, autora que sou fã declarado me vieram várias inquietações. Não só pelas frases perfeitas e chocantes citadas com esplendor pela atuação magnífica da Lilia Cabral, mas também pela história em si.

Analisando bem todos nós trazemos uma Mercedes dentro de nós, e vivemos constantemente num divã. Sempre nos questionando e refletindo sobre coisas banais. Um amor mais jovem quem nunca viveu? Tudo bem, vamos ser mais honestos conosco mesmos, dois. Ou três? Quatro, talvez... O amor não tem idade, não espera nem avisa quando vai acontecer, é como uma torneira aberta, onde é inevitável que a água escorra, e assim como o amor não adianta tentar prender entre os dedos que ele escorre. O amor nasceu pra ser livre!
Casamento? Lógico que pode ter fim! Acredito que tudo nessa vida tem um desfecho. Início, meio e fim! E porque não um sexo antes do fim? Uma despedida, uma celebração do fim. Podem me chamar de despudorado, de pervertido mas acho válido, da exata maneira como disse a personagem principal do filme: "Sexo com amor é bom, mas sem amor é bom demais!".
E quando a gente arruma um amor novo? Quem nunca se arrumou mais, cortou o cabelo, comprou roupa nova depois de encontrar um novo amor? Amor daqueles que nos fazem aprontar das mais diversas loucuras possíveis e imagináveis. O amor tem dessas coisas, nos coloca em cada uma... Nos faz pagar literalmente nossa língua quando fazemos coisas que há tempos atrás dissemos que jamais faríamos ou julgamos aquele que fez.
O medo de ser feliz então nem comento. Talvez sejamos vítimas constantes do juiz que cada um carregamos dentro de nós mesmos. 
E uma amizade antiga e duradoura? Daquelas que nos fazem dar boas gargalhadas e nos fazem chorar de desespero quando nos imaginamos sem nossos companheiros de aventuras, que estiveram do nosso lado em 99% das besteiras que fizemos e ouviram 99,95% das nossas tristezas e inquietações. A amizade também é um grande amor, que nunca morre!

1/1/11

Ano novo, vida nova!

Cresci ouvindo isso a cada virada de ano, mesmo quando eu não fazia menor idéia do que se tratava. Quando tinha cerca de 5 anos, ia pra casa da minha avó encontrar com meus primos e tios a noite, podíamos ficar brincando até tarde sem ninguém se incomodar e por algum motivo desconhecido por mim naquele momento  começavam a estourar fogos e todos se abraçavam euforicamente, minhas tias começavam a engolir sementes de romã e a fazer a simpatia do momento, e logo após todos corríamos pra mesa para nos debruçar nas delícias de fim de ano, e eu meio que ficava perdido sem entender nada.
Na verdade acho que nenhuma criança nos seus cinco anos de idade entende muito bem o que é o reveillón, pode até ter uma certa noção do natal devido ao jogo de marketing que a mídia faz sobre o "Papai Noel".

Sempre achei linda a forma como de repente o céu se tomava de tantas faíscas coloridas caindo para os lados, o estouro da champagne me dava a noção de que algo bom acontecia.

Acho engraçado como um simples mover do ponteiro do relógio nos enche de esperança, alegria e nos motiva a planejar tantas coisas. Sempre começamos o novo ano nostálgicos, traçando metas e objetivos: perder peso, ir mais vezes a academia, ser menos isso ou mais aquilo e em meio a tantas coisas nos esquecemos de agradecer a Deus pelo ano que se foi e pela dádiva de ter um novo pela frente. Adoro esse lance de "começar de novo" que me vem a cada 1º de janeiro, esse quê de fazer tudo diferente, de ter encerrado um ciclo e começado outro.

Um ano para mim é um ciclo, que se encerra e tudo que foi vivenciado fica por lá. As tristezas, os amores mal resolvidos, tudo vira passado e fica no ano velho. As alegrias e aprendizado os carrego comigo no peito.

Medo eu sinto, mas não desanimo. Sigo em frente na certeza que se cair eu me levanto, faço a linha Beth Carvalho levantando, sacudindo a poeira e dando a volta por cima! :)