domingo, 28 de novembro de 2010

Porque você ama quem você ama?

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte para mim.

Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar (ou quase). Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém. Com um currículo desse, criatura, por que diabo está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito do amor da sua vida!

~ Por Martha Medeiros, diva!


Pra ler ouvindo: Meu Grande Amor, Lara Fabian.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tomates Verdes Fritos.

Sou o cara que se emocionou assistindo "Tomates Verdes Fritos" logo após fracassar mais uma vez num relacionamento, e depois me embreaguei tomando Marula ao som de Maria Bethânia gritando internamente "Towanda" pra afogar as mágoas.
Talvez seja eu um dos poucos que ainda ri e chora lendo, que se emociona junto com o autor. Encontrei nas palavras meu melhor refúgio, meu passatempo e conforto.
Comecei a escrever muito cedo, aos 13 anos, escrevia músicas que graças a Deus nunca saíram do papel, quando dei por mim tava aqui.
Nesse meio tempo escrevi muita coisa bacana, em papéis soltos. Muitos se perderam, foram ao lixo creio eu que não por acaso, tinha que ser assim. Neste tipo de situação prefiro acreditar que o mundo não estava preparado para entender o que eu havia escrito. Outros ainda os tenho, numa agenda de papel reciclado e de lá não saíram por falta de coragem.
Pasmem! Eu também sou inseguro e as vezes me faltam coragem para fazer tantas coisas.
Coragem, sentimento que se confunde nos dias de hoje. Tá tudo tão banalizado, as pessoas fazem cada vez mais coisas que antes seriam tidas como absurdas e sentem um medo, uma dificuldade imensa de verbalizar o que sentem ou desejam. Talvez para muitos eu seja corajoso e louco. Por sentir, verbalizar e ainda expor a grande maioria aqui!
Vai entender... Existem mais complexidades entre a razão, emoção e o homem que minha vã filosofia possa compreender.

~> Escrito em 17/11/2010 ás 00:04 hs.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Caixa de Sapatos.

Em pleno feriado, preocupado com tantos trabalhos científicos a serem feitos pra faculdade minha irmã me questiona: "Victor, onde está aquela caixa onde ficam nossas fotos?". De repente lá vou eu mergulhar no meu guarda-roupas e me deparo com ela lá no cantinho, empoeirada, meio que desprezada como se nada ali tivesse. E de repente começam a olhar as fotos minha irmã e meus pais e reviver as cenas alí eternizadas. E me caiu a ficha: Meu passado cabe dentro de uma caixa de sapatos!
Me soou meio que estranho, confuso. Comparei a importância que as pessoas dão ao passado, o engrandessem de tal maneira  que muitas vezes assusta e de repente me deparo com o meu tão muidinho a ponto de caber numa caixa de sapatos. 
 Dai me lembro de um textinho da Martha Medeiros, no seu livro "Doidas e Santas" onde ela diz: "Pratique o desapego"! Isso, se desprenda de tudo que lhe escraviza, o que passou calou e o que virá dirá! Aliás, discordo com essa citação, acredito que o que passou de fato calou, mas o hoje é o que dirá, o futuro não fala, ele apenas acontece e é apenas uma consequência do hoje, do agora. 
Sempre me preocupei (e preocupo) muito com meu futuro. Hoje aos 21 anos talvez por conta disso carregue nas costas e leve uma vida com responsabilidades de quem tem seus 30 anos. Talvez a vida me tenha feito amadurecer mais rápido profissionalmente. Ás vezes me pego pensando: "Se eu chego aos 30 anos sem ter construído nada enlouqueço!". É, não me imagino aos 30 anos ainda depender dos meus pais, nunca curti na verdade. Sempre fui de trabalhar, correr atrás do meu. Comecei a trabalhar aos 18 anos, embora meu primeiro emprego de fato tenha conseguido aos 16. Conheci muita gente na primeira empresa que trabalhei, vivenciei nela grande maioria dos sentimentos que se pode sentir na vida profissional, de felicidades a tristezas. Sorri muito, chorei pouco, sempre fui mais racional nesse campo não sei se pelo fato de estudar Administração Geral e ter uma visão mais critica e analítica de certas situações, ou se porque sou um velho de 21 anos. 
Ganhei dinheiro, fui o 1º lugar de uma operação com mais de 400 operadores. Experimentei o gostinho doce da vitória e o amargo da inveja. Ganhei mais dinheiro e o gastei numa velocidade imensa. É, sou consumista e não faço a menor cerimônia para satisfazer um desejo meu, afinal eu trabalho e sei o quanto custa cada objeto que compro. Hoje eu entendo o que minha mãe me dizia quando eu era criança: "Um dia você vai aprender a dar valor a dinheiro". Coisas que antes eu achava super barato, hoje acho super caro (risos). Hoje sei o quanto custa de fato uma passagem a mais, o quanto vale a despesa com uma câmera digital que foi roubada, e tantas outras coisas que, no tempo que tá lá naquela caixinha de sapatos eu não fazia nem idéia. 

É, o tempo passou e tá ali dentro de uma caixa de sapatos. Hoje tô aqui, quabrando a cabeça em meio a um Plano de Negócios, Plano de Marketing, amanhã não sei. Apenas tenho a certeza que isso aqui, o que vivi vai parar talvez numa caixa de sapatos!

É, já cantou a doce Priscila, ou Pitty como queiram: O futuro é o presente e o presente já passou!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sobre padrões...

Definitivamente sou contra qualquer tipo de padrão de beleza imposto pela sociedade. Todo mundo tem o direito se ser amar e ser feliz assim como é. Seja lá gordo, magro, alto, baixo, negro, branco, amarelo, mulato, careca, cabeludo, enfim. Somos todos iguais!


Pra mim paquerar é igual comprar perfume: não adianta o frasco ser lindo e o cheiro não ser bom. A fragrância me atrai mais que qualquer outra coisa. Se for boa, compro. Se não, jogo de volta na prateleira até quem queira que compre.

domingo, 7 de novembro de 2010

Desassossegos corriqueiros...

"Talvez morra sem conseguir de compreendido por completo.
E o que me importa? Detesto unanimidade!
A divisão, a inquietação me excitam, vivificam." 

(Victor Andrade, em 20/10/2010).




E Maysa já cantou isso por mim, perfeita. Ídola!