quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sobre dor, sofrimento...



Engraçado essas coisas de sofrimento e dor.
Sim, também vejo um lado cômico até nisso. Não graça de dar risada, mas digamos que meio que irônico pois vejo a tristeza como sendo um sentimento tão egoísta...


A gente quando sofre sempre tende a achar que nossas dores, nossos anseios e aflições são maiores que as do próximo. É incrível como rapidamente vestimos a manta de Maria do Bairro e nos pomos a chorar e sofrer até mais talvez que todas as três Marias da Thalia juntas com as Usurpadoras e mocinhas da Tv mexicanas juntas.


Chega a ser bizarro como a gente consegue terceirizar muitas vezes nossas culpas e assumir exclusivamente o papel de mocinho (que cá entre nós, dá um trabalho... Hajam lágrimas, hajam lenços de papel...) nos esquecemos que por mais que difícil seja nossa situação temos um ou até mais seres humanos envolvidos na situação.


Talvez pense dessa maneira por que sempre por mais que eu sofra, sempre procuro ver o lado positivo da situação e nunca esqueço de me por no lugar do próximo. Tudo bem, até esqueço no momento da raiva e da ira, mas logo após meu coração fala mais alto e lá vou eu vestir os trajes de Boa Samaritana e muitas vezes pedir desculpas mesmo sem ter culpa no cartório.


Sofrer não é o fim, é o começo de um novo ciclo, basta sabermos lidar com a situação e enxergar que pra tudo sempre tem um recomeço pois não há tormenta que dura para sempre, quando menos pensamos sai o sol! 








segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Desabafos, reflexões...

Nunca tive vocação pra fazer o coitadinho, o sofredor.
Já fui o renegado, o humilhado, o expulso
Mas nunca fiquei muito atrás no que se refere em ser irônico, sarcástico
Já perdi (e perco) excelentes oportunidades de ficar calado, sempre deixo meu ego de leonino falar mais alto (bem mais alto, diga-se de passagem).
Minha razão já perdi inúmeras vezes, por conta do meu impulsivismo.
Terceirizei muitas vezes meus sonhos para pessoas das quais nunca tive a certeza de que eram capazes ou não de realiza-los e dispenso comentários em relação ao resultado de tudo.
Nunca fiz da bebida, nem de nenhum tipo de drogas meu refúgio. Graças a Deus sempre soube sofrer minhas mágoas e tristezas com boa música e sendo consolado pelo meu travesseiro.
Chorar demais para que? Alguns baldes de lágrimas são suficientes para desafogar meu coração e logo após ele já tava pronto pra outra.
Blindar o coração nem comento, acho decadente pessoas que não se permitem sorrir e chorar sempre que desejam, a emoção da vida fica exatamente aí, em vivenciar cada momento, segundo por segundo intensamente. Talvez nisso meu ascendente em escorpião domine, vai saber...
Acho engraçado sempre nós termos a solução exata e precisa para os problemas alheios e quase nunca a respostas de simples questionamentos nossos, como se ficássemos cegos ao ponto de não enxergar um palmo a nossa frente, e quando passa tudo pensamos: "Caramba, era isso!".
Queria que as feridas do coração pudessem ser sanadas tão rápido como as da pele, mas não rola, elas insistem em não cicatrizar e sangrar sempre. E quando sangra? Nossa, quanta dor! Me pergunto se dóem mais no momento em que são feitas as feridas ou se após, quando o sangue esfria e pára de jorrar pela ferida.
Algumas mesmo quando cicatrizam deixam suas cicatrizes, ficando exposto que alí algo já aconteceu, como um copo quebrado e colado.
Difícil entender e explicar as coisas vindas do coração. Não existe nenhuma ordem exata. Começo, meio e fim se confundem na história. Vivenciar traz um entendimento melhor que qualquer longa explicação...

domingo, 17 de outubro de 2010

Sobre [DES] Amores...

São engraçados esses lances de paixão, carinho, amor, e tudo o que trazem.
Mais curioso é como o mundo dá voltas e a pessoa que um dia partiu teu coração de repente volta com conversas difíceis de engolir.
"Nossa, quanto tempo", ou "Sempre vejo você On no Messenger, mas você nunca fala..." são os típicos inícios de conversas com ex's que insistem em aparecer do nada quando tudo está bem.
O ápice é que justo aquele (a) que te deixou alegando que jamais se veria casado (a) agora te procura com um papinho que precisa de um amor e que hoje sonha em casar. Oh, céus. Quantas contradições juntas...


Existe também outro "assuntinho" que é típico desses encostos que nos rondam de vez em quando: "Nossa, fulano (a) te viu na balada várias vezes, você tá que tá ein?". Engraçado que quando a pessoa tinha que se preocupar pra onde você ia ou deixava de ir não exercia seu papel e te deixava solto, e livre para pensar e fazer o que quisesse quando o que você mais desejava era ser cobrado, se sentir amado e ver o outro (a) sentindo ciúmes de você.

Ou, na pior (ou seria melhor? Não sei...) Você esbarra com a entidade na balada e a mesma fica tentando controlar a quantidade de álcool que você ingere, pra quem você olha, como/com que você dança ou até mesmo a hora que você vai chegar em casa e a forma como você fez para chegar (como se a essas alturas do campeonato os meios fossem justificar os fins...) Quanta indecisão (ou inversão de papéis juntos, ein? Não sei se a conotação certa seria inversão de papéis ou algo como "perdido no tempo", ou "inversão de tempo". É algo curioso, que ainda merece reflexões minhas quando viajo de ônibus ouvindo minhas musiquinhas velhas e melancólicas (risos).

E muitas vezes fica a deixa de que você foi colocado numa prateleira como um brinquedinho que sempre que se quer pode brincar.
Gente, banalizaram o amor, os sentimentos alheios, que mundo é esse?

Nos arrancam o coração, colocam-no em um vidro com éter e jogam numa prateleira para brincar sempre que enjoa do brinquedinho atual e se quer voltar ás raízes e acham que devemos achar tudo isso perfeitamente normal, que somos rancorosos quando fechamos a cara, e não nos damos ao trabalho de responder perguntas, ou repondemos monossilábicamente com simples "sim" e "não" ou os típicos "ahãms".

Adoro mais ainda quando estamos fazendo coisas comuns do dia-dia como ir ao mercado, pagar contas, passear no shopping e esbarramos com aquele caso mal resolvido e surge aquela velha expressão: "Nossa, porque você não me ligou mais?" ou então encerra-se com "Foi muito bom te ver, tava morrendo de saudades, vou te ligar hoje pra'gente conversar e marcar um barzinho" e você já cansado desse papinho se limita com num "Ok".

Ninguém é obrigado a amar o resto da vida, mas pra que inventar falsas histórias, qual a dificuldade em assumir os sentimentos, em dizer que não tava afim de nada sério na época, só queria curtir e que hoje, após levar uma bela surra da vida viu o que perdeu e tá querendo correr atrás do tempo perdido? Isso, claro que em 55% dos casos. 
Nos outros 45% me limito a perguntar "Pra que fingir um sentimento (saudade) e prometer algo que não vai cumprir (ligar)?

Corações não são brinquedos, não são feitos de papel tampouco de lã que se pode costurar após rasgar, é como vidro que por mais que você cole os cacos as marcas ficarão e sempre que se olhar perceberá que alí algo foi feito, e marcou. E... só!

domingo, 10 de outubro de 2010

Apenas atualizando...



Eu sempre estive entre aspas
Ficar triste é um sentimento tão legitimo quanto à alegria!
Reclamar do tédio? É fácil! Difícil é levantar da cadeira 
pra fazer alguma coisa que nunca foi feita.


Queria não me sentir tão responsável pelo que acontece ao meu redor.
Felicidade é a combinação de sorte com escolhas bem feitas.
Pessoas com vidas interessantes interessam-se por gente que é o oposto delas.


Emoção nenhuma é banal se for autentica.
Dar certo não está relacionado ao ponto de chegada, mas ao durante.
O prazer está na invenção da própria alegria 
Porque é do erro que surgem novas soluções
Os desacertos nos movimentam, nos humanizam, nos aproximam dos outros 
Enquanto que o sujeito “nota 10” nem consegue olhar para o lado, não pode se desconcentrar
um minuto sob pena de ver seu mundo cair.
O mundo já caiu... Baby.
Só nos resta dançar sobre os destroços.

Nosso maior inimigo é a falta de humor.

Piruá, quem sabe o que é piruá?
Piruá pode ser um peixe em algumas regiões,
Mas piruá é também e principalmente aquele caroço de milho
Que não vira pipoca.

Tem muita gente que é piruá neste planeta,
gente que não reage ao calor,
Não desabrocha, não vira pipoca.


Elenita Rodrigues, Marta Medeiros, Clarice Lispector.


Me caiu como uma luva esse textinho, o que falar da Lena, da Marta e da Clarice? Elas sou eu de saias! Risos.


Em breve volto, com coisas minhas. Cabecinha borbulhando, mas ainda com idéias fora de ordem.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cansei, basta! Vou votar no Serra!

Cansei de ir ao supermercado e encontra-lo-lo cheio. O alimento está barato demais. O salário dos pobres aumentou, e qualquer um agora se mete a comprar, carne, queijo, presunto, hambúrguer e iogurte.
ㅤCansei dos bares e restaurantes lotados nos fins de semana. Se sobra algum, a gentalha toda vai para a noite. Cansei dessa demagogia.
ㅤCansei de ir em Shopping e ver a pobreza comprando e desfilando com seus celulares. O governo reduziu os impostos para os computadores. A Internet virou coisa de qualquer um. Pode? Até o filho da manicure, pedreiro, catador de papel, agora navega…
ㅤCansei dos estacionamentos sem vaga. Com essa coisa de juro a juro baixo, todo mundo tem carro, até a minha empregada. 'É uma vergonha!' , como dizia o Boris Casoy. Com o Serra os congestionamentos vão acabar, porque como em S.Paulo, vai instalar postos de pedágio nas estradas brasileiras a cada 35 km e cobrar caro.
ㅤCansei da moda banalizada. Agora, qualquer um pode botar uma confecção. Tem até crédito oferecido pelo governo. O que era exclusivo da Oscar Freire, agora, se vende até no camelô da 25 de Março e no Braz.
ㅤVergonha, vergonha, vergonha…
ㅤCansei de ir em banco e ver aquela fila de idosos no Caixa Preferencial, todos trabalhando de office-boys.
ㅤCansei dessa coisa de biodiesel, de agricultura familiar. O caseiro do meu sítio agora virou “empreendedor” no Nordeste. Pode? Cansei dessa coisa assistencialista de Bolsa Família. Esse dinheiro poderia ser utilizado para abater a dívida dos empresários de comunicação (Globo, SBT, Band, RedeTV, CNT, Folha de SP, Estadão, etc.). A coitada da “Veja” passando dificuldade e esse governo alimentando gabiru em Pernambuco. É o fim do mundo.

Cansei dessa história de PROUNI, que botou esses tipinhos, sem berço, na universidade. Até índio, agora, vira médico e advogado. É um desrespeito… Meus filhos, que foram bem criados, precisam conviver e competir com essa raça.
ㅤCansei dessa história de Luz para Todos. Os capiaus, agora, vão assistir TV até tarde. E, lógico, vão acordar ao meio-dia. Quem vai cuidar da lavoura do Brasil? Diga aí, seu Lula…
ㅤCansei dessa história de facilitar a construção e a compra da casa própria (73% da população, hoje, tem casa própria, segundo pesquisas recentes do IBGE). E os coitados que vivem de cobrar aluguéis? O que será deles? Cansei dessa palhaçada da desvalorização do dólar. Agora, qualquer um tem MP3, celular e câmera digital. Qualquer umazinha, aqui do prédio, vai passar férias no Exterior. É o fim…
ㅤVou votar no Serra. Cansei, vou votar no Serra, porque quero de volta as emoções fortes do governo de FHC, quero investir no dólar em disparada e aproveitar a inflação. Investir em ações de Estatais quase de graça e vender com altos lucros. Chega dessa baboseria politicamente correta, dessa hipocrisia de cooperação. O motor da vida é a disputa, o risco… Quem pode, pode, quem não pode, se sacode. Tenho culpa eu, se meu pai era mais esperto que os outros para ganhar dinheiro comprando ações de Estatais quase de graça? Eles que vão trabalhar, vagabundos, porque no capitalismo vence quem tem mais competência. É o único jeito de organizar a sociedade, de mostrar quem é superior e quem é inferior.
ㅤEu ia anular, mas cansei. Basta! Vou votar no SERRA. Quero ver essa gentalha no lugar que lhe é devido. “Quero minha felicidade de volta.” Estou com muito MEDO. Chega! Assim está DILMAIS.

~ Autor Desconhecido, em clima de eleições. Não vou aqui expressar minha opinião nem cantarolar meu voto, apenas reflitam! ;)