domingo, 19 de dezembro de 2010

Apenas mais uma de amor...

Gato escaldado tem medo de água fria, chavão tão bem aplicado que nos cai como uma luva quando o tema é amor e relacionamentos. 
Todo mundo tem um pé atrás em se apaixonar e envolver. São medos de sofrer novamente, de chorar por alguém, de ouvir uma música e lembrar da pessoa amada e até mesmo das preocupações que sempre nos acompanham nessas verdadeiras aventuras do coração. Ligo ou não ligo? Será que estou ficando na cola demais? Será que estou sendo negligente demais? Deveria ter deixado de dormir mais um pouco e ir a praia como ele (a) desejava? Deveria ter sido menos antipático (a) com aquele amigo (a) que ele (a) tanto gosta e eu não suporto nem ouvir falar?
São esses também alguns dos questionamentos que sempre nos levantamos durante os relacionamentos. Não existe um só ser humano que nunca tenha se feito uma dessas perguntas, se há é porque nunca se apaixonou e envolveu com alguém. Mas o motivo dessa crônica aqui não é o durante o relacionamento, e sim o momento que sucede um relacionamento e antecede outro. Essa lacuna que nos cabe preencher com baladas, festas, programas em amigos, trabalho, estudos, tudo para ocupar a mente e exorcizar o fantasma do relacionamento anterior que, por mais que tenha terminado de forma amigável é impossível que se consiga se desprender de tudo que foi vivenciado levando a mesma vida que se levava durante a relação. Nada nem ninguém nessa vida são insubstituíveis, basta que se mude a rotina, ocupe a mente com algo novo e quando você menos espera você já esqueceu o dito cujo que te fez amargar algumas noites antes de dormir e foi responsável por alguns dos últimos porres que você tomou.
Quebrou tanto a cara nos últimos realcionamentos que desacreditou no amor. Passou a acreditar e viver a rotina de acordar cedo, trabalhar, ir a academia, ao supermercado, chegar em casa cheio de pacotes, tomar um banho e ficar em frente a TV assistindo o último capítulo da novela das 21 hs enquanto disfarça a solidão nas redes de relacionamento interagindo com amigos na mesma situação, e quisá com desconhecidos do outro lado do planeta que viram melhores amigos e confidentes que aquele velho amigo que você conhece desde que começaram a nascer os primeiros pêlos pubianos. 
Ai nasce e cresce a questão: Você realmente quer isso pra você? Você realmente virou essa pessoa fria que se acostumou e condenou a viver só? Ou seria apenas um personagem que você decidiu interpretar fugindo dos possíveis amores que te cercam?
Você é inteligente, lê livros, assiste telejornais, tem sempre algo a dizer sobre algum assunto, adora cinema, ama música, gosta de balada, é simpático, não fica no pé de ninguém . E por que diabos insiste em fazer a linha coração de gelo e solteiro convicto? Você tem qualidades e defeitos apaixonantes, apenas desacreditou neles.
Até que ponto é válido fugir de viver um amor? De sorrir, chorar e viver tudo que já foi citado ácima. É o amor que gira a roda da vida, sem amor a vida não anda. Pode até andar um pouco, devido ao impulso da última girada brusca do último "Bad Romance", mas uma hora pára. A vida foi feita pra ser vivida, amada, desejada, C'est La Vie! ;)

Victor Andrade.

Um comentário:

  1. O que dizer?
    Você já disse tudo!!!
    Porém eu só digo uma coisa: "quem não arrisca não petisca" ;)
    Beijooos e
    Parabéns pelo post.

    ResponderExcluir