domingo, 10 de maio de 2009


"A carta."

Era como se fóssemos estranhos, e ao mesmo tempo velhos amigos onde bastava apenas um simples olhar para que fosse compreendido o que se passava dentro de si.

Cada segundo para mim longe de ti tinha a duração de uma hora, assim como uma hora ao teu lado, com você sob meu cólo e eu enrrolando teu cabelo passara tão rápido como se fossse um segundo.

E assim fomos levando até onde "pudemos" e "suportamos", e os dias foram passando e dando formas à nossos gestos e vontades, e me faziam ver os opostos que éramos e tão bem nos completávamos, tal como se fostes o silêncio, sempre com sua calma e cansaço, e eu o barulho, sempre eufórico e cheio de fúria perturbando a tua calma com minha presença nas buscas incessantes pelos teu beijos, sempre leves, complexos e ao mesmo tempo simples. E com um sabor inegualável.

E me parecia que a cada instante que se passava minhas suspeitas de que havia encontrado debaixo de tuas roupas aquilo que sempre procurei: um alguém com o coração tal como o meu...

E com o passar de mais um isntante pude ver e compreender que, embora minha perfeição fosse evidente, assim como por você foi dita, pertenciamos à mundos opostos, éramos como o sol e a lua, tão dificéis de se encontrar...

E da vida nada mais pude concluir à não ser de que ela nada mais é que um instante que não pára, é como um rio que corre e des'água no mar e não importa o obstáculo, a água vai contornando com sua sutileza e seguindo seu rumo, sem se abater com as dificuldades, e assim deve ser a vida, levada e vivida com intensidade, embora hajam tantas pedras em nossos caminhos, e a vida seja a arte dos encontros, embora nela hajam tantos desencontros...

(Salve, salve Vinicius de Moraes!)


P. Victor de Andrade; entre 08 e 09/05/2009 às 12:17 hs

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