sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Hipocrisia, compre esta idéia!



E 2009 foi o ano das grandes perdas de grandes artistas, uns por motivos naturais (doenças, idade e coisas do tipo) e outros vítimas da cobrança exarcebada da mídia sob seus trabalhos e vidas pessoais.
Britney Spears, a princesinha do pop por pouco não teve o mesmo final trágico que o rei Michael Jackson, ambos vítimas da superesposição da mídia onde muitas vezes a vida pessoal tomava proporção e peso maior que seus respectivos trabalhos.

Os fãs da Britney viram sua vida e carreira declinar após o casamento mais que desastroso com o dançarino Kevin Federlyne (é assim que se escreve?). Duas gestações seguidas, quilos e mais quilos ganhos com visitas diárias a Fast-Food's, baladas regradas a drogas, álcool, flagras em eventos sem calcinha e outros aperetivos mais que fizeram a alegria e fortuna de muitos paparazzi's. A cantora conheceu bem o fundo do poço, mas graças a estrutura familiar conseguiu se reerguer e voltar ao mercado fonográfico com seu álbum "Circus" que vendeu mais de 60 milhões de cópias em todo mundo e trouxe a cantora de volta ao sucesso.

Em Junho uma estrela se apagou, Michael Jackson morreu de uma forma misteriosa que até hoje é tema de questionamento de milhões de fãs de todos os continentes do mundo. Michael viu sua carreira desmoronar após as acusações de pedofilia e armações da imprensa contra o astro com o único intuito de vender revistas, capas. Perdeu toda sua fortuna pagando processos, viu todo seu império cair como um castelo de areia construido a beira do mar. Enquanto se preparava para voltar com uma nova turnê veio a falecer e pudemos acompanhar a mesma mídia hipócrita que contribuiu para o seu declínio mais uma vez o tendo como alvo dos tablóides, sendo que desta vez mostrando um Michael bom, que se preocupava com causas humanitárias, sensível e incapaz de lidar com qualquer tipo de dor. O mesmo Michael que toda a mídia conhecia mas anos atrás arranhou sua imagem e o jogou aos tubarões.

No Brasil também temos um exemplo, a atriz Leila Lopes, falecida no início de dezembro. Leila iniciou sua carreira na TV Manchete e em pouco tempo já estava brilhando na Rede Globo, emissora que monopoliza o mercado de teledramaturgia brasileiro e pouco tempo depois, de forma inexplicável foi afastava e não foi mais convidada a nenhum trabalho na emissora carioca. Anos depois ressurge Leila, lançando seu filme erótico e mais uma vez a mídia caiu em cima como urubus sob carniça apedrejando e apontando-a como se a mesma estivesse cometendo algum crime. Leila adoeceu, entrou em depressão profunda com a pressão da imprensa e veio a cometer suicídio. Leila morreu envenenada dentro de seu apartamento de deixou uma legião de fãs órfãos de seu trabalho e seu talento. E após a sua morte vemos a mídia a trazendo de volta aos tablóides como a boa mulher que sempre foi, atriz talentosa, cidadã digna, a trouxe de uma maneira como se a tivessem trazido antes dela tentar contra sua vida, dificilmente o Brasil teria perdido mais uma estrela.

É certo que em uma sociedade altamente capitalista o grande foco dos cidadãos é ganhar dinheiro, mas até onde vale a pena? Qual o limite para as grandes editoras que muitas vezes esquecem que antes de serem de serem artistas, as pessoas são humanas passivas de erros e defeitos, que também tem dor de cabeça, tem momentos tristes e necessitam ficar sozinhas, e as idealizam muitas vezes como sendo deuses e os pondo num papel altamente prejudicial a saúde mental dos mesmos.

O limite não existe, o intuito é vender e ganhar dinheiro mesmo que em cima da derrota e morte das pessoas, a hipocrisia ferve nas veias da sociedade e as envenena alguardando o momento de leva-los a morte.

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