domingo, 21 de fevereiro de 2010

Monólogo do Desassossegado.



Uma sexta-feira pós-carnaval, um servidor de internet fora do ar devido a uma  tempestade que derrubou postes de energia elétrica no local onde fica o servidor central, silêncios que vez por outra ferem mais que as palavras mais dolorosas disparadas  possíveis e imagináveis. Na TV um filme velho, um noticiário, um seriado.
Num único dia meu coração oscilou entre as mais diversas sensações: da alegria absoluta ao tédio junto a pensamentos suicidas que tem me rondado nos últimos meses. Considero o suicídio como sendo um dos temas mais apetitosos para serem discutidos. Para uns trata-se de covardia, uma falta de peito pra encarar a vida e seus mais diversos altos e baixos [mais baixos que altos], para outros uma coragem de renegar a todos os prazeres que a vida nos proporciona, dentre eles o mais comum, o sexo para se entregar ao silêncio da morte. Eu particularmente não tenho opinião formada a respeito, considero como sendo um caso a ser estudado de acordo com a situação em que esteja incluso o indivíduo em questão. E vou vendo cada dia mais gente só pensando em dinheiro, esquecendo-se de sonhar e de quanto é bom a sensação de se ter um sonho e acreditar que um dia ele vai ser realizar. Claro, desde que você esteja fazendo algo para conquistar o seu ideal. Acho válido toda forma de amor, de prazer, todo sonho e toda frustração, afinal que sou eu pra meter o bedelho no coração alheio se só sabe o peso que tem a cruz o pecador que a carrega...
De cruz eu não vou nem falar ou melhor, contar quantas eu carrego. Explosivo da forma como sou sempre dou tiro nos meus próprios pés e fico depois pensando na bosta que fiz ou disse e logo me arrepende e dois minutos após repensar no arrependimento vejo que ele não é válido. Errei, e daí? Pelo menos fiz o que queria e fui autêntico comigo mesmo e com meu coração afinal emoção nenhuma é banal desde que seja verdadeira. E o que falar da saudade? O sentimento mais fértil e doentio da face da terra na minha concepção e da Shakira, já que essa definição vi em uma das suas inúmeras entrevistas e documentários. O amor é o sentimento mais perigoso que já existiu pra mim. É incrível o que as pessoas são capazes de fazer por esse sentimento. Uns matam, outros se humilham e se contentam com migalhas de restos de sentimentos dos outros. Eu ein, é muita gente perturbada nesse planeta. Ou teria eu enlouquecido e esteja num patamar acima dos demais e por isso tenha essa visão das coisas? Vai me entender (risos). Ah a loucura... ainda me recordo de algumas passagens de um livro que li na minha não tão longínqua adolescência que trazia o seguinte questionamento: “Loucura, doença mental ou desvio social (ou seria comportamental, não lembro)?” e lembro que nisso fiquei noites e noites pensando, refletindo sobre isto e a cada hora concluía uma coisa diferente. Creio eu que ela (a loucura) possa ser vista como doença mental em casos de pessoas birutas (desculpem a expressão) que vivem de surtos em surtos (não me julguem mal, eu também vivo de surtos em surtos, meus pais e amigos que o digam haha). E desvio social poderia ser quando você simplesmente inova e faz algo que as pessoas tanto tem vontade de fazer mas lhe faltam coragem e quando você faz todos pra serem hipócritas e pagarem pau pra sociedade nojentinha que vivemos logo disparam: “Minha nossa, fulaninho é doido, veja só o que eles fez...”. Desde que o filho da mãe tava com vontade de fazer a mesma coisa e não teve coragem de se expor nem se enfrentar as conseqüências do seu ato. Em relação a mim, posso dizer que exerço das duas loucuras, sendo muito mais da que trata-se como sendo desvio social.
Por conta dessa minha insanidade já me ferrei tanto, já dei tanto tiro no meu pé como já citei anteriormente, mas e daí? Sou um ser humano normal como outro qualquer, que acerta e erra infinitamente e só vai parar quando morrer ou se suicidar, nunca se sabe do dia de amanhã. Ah, já sei, você certamente ao ler isso aqui tá achando que eu sou louco. Tudo bem, isso ai eu já assumi que sou mas olha o respeito com o doidinho aqui, eu sou normal e triste de quem duvidar (me imagine com uma faca na mão apontando na sua fuça pra que você diga que sou normal)!
Putz, que merda, o que era pra ser um texto melancólico já tá virando comédia. Basta eu surtar e logo se vê um aqui, outro acolá rindo de mim. Graças a Deus nunca todos, detesto unanimidade nem eu sou qualquer coisa pra cair na boca de todo mundo. Sou um champagne francês caro que só é apreciado por quem tem paladar apurado. E se o seu não é problema seu, vire espírita e torça pra numa próxima encarnação você nascer menos burro e xucro e ter o humor mais refinado! Ah, vai me xingar também? Pode começar, já dizia Cazuza: “me chamam de ladrão, bicha, maconheiro enquanto transformam o país inteiro num puteiro pois assim se ganha mais dinheiro”. Já fui tanta coisa na boca do povo que não me importo mais em colecionar um apelidinho a mais ou a menos. Tudo bem, uns são bem merecidos mas tem outros que puta que pariu, borá ver na criatividade né? Tô cansado de saber que sou calvo e to gordinho mas e quem disse que me importo? Todo avião tem pneu, tudo que é bom no mercado amplia pra melhor servir e esmagar a concorrência e eu como aplicado estudante de administração estou seguindo a risca a matéria. Tá bom seu estraga prazeres você tá ai se contorcendo rindo de mim achando que me pegou porque esqueci de justificar a careca, pois tudo bem pode segurar seu pescoço porque lá vai a cortada: a careca eu planejei juntamente com meus pais numa sessão espírita quando meu espírito classudo e elitizado decidiu reencarnar num suburbano que teria que dar a volta por cima na vida e ganhar rios de dinheiro e em seguida dar banana por que duvidaram de mim. A careca foi vista como sendo essencial para uma retenção de despesas. Porra antigamente todo mundo lavava o cabelo com Juvena, hoje em dia é um tal de “Shampoo sem sal” e eu nunca vi cabelo hipertenso, eu ein!
Acabar tem quem ainda abra a boca pra me chamar de louco. Louco uma cebola, eu sou um filósofo num momento de crise, questionador (emo é a mãe)! Agora fique ai chupando dedo, me chamando de debochado, eu sou mesmo e não nego enquanto eu fico aqui, maquinando o qual será meu próximo monólogo pra fazer uns rirem, outros chorarem de arrependimento por terem perdido o tempo lendo isso aqui e pra fidelizar meu fãs já conquistados. Prometo lembrar de todos quando receber o melhores do ano no Faustão mandando um beijo e atolando um pão na boca do Fausto pra me deixar falar e também direi que amo todos do meu twitter, MSN e Orkut afinal tá na moda artista dizer que tem vida virtual né?

P. Victor de Andrade, em 19/02/2010.

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